terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Olha o bloco da Armandão aí, gente!!!

"Ó abre alas Que eu quero passar Ó abre alas Que eu quero passar " Vocês sabem quem está cantando? É o bloco da Armando de Salles!!! Fantasias, confetes e serpentinas... É muita alegria e diversão: este é o Carnaval, a festa mais popular do Brasil! Veja algumas fotos do nosso baile de Carnaval e depois leia atentamente um pouco da história dessa festa de euforia e animação!!!
Curtiu? Agora, saiba mais sobre o carnaval... O carnaval tem origem nas celebrações da colheita dos povos da Antiguidade. Chegou até o Brasil através dos portugueses e aqui chegou para ficar, pois combina com o ritmo alegre e festeiro dos brasileiros. Há relatos de historiadores que já no século XVII já existia o carnaval por aqui. Eram festas com caráter bem popular, com características do entrudo, ou seja, festa que se realizava antes da quaresma. Não havia máscaras ou fantasias, a brincadeira consistia apenas em jogar farinha e água nos participantes. As famílias mais ricas também brincavam, mas na segurança de seus lares. Antes das escolas de samba vieram os bailes de salão, aí sim, contando com máscaras e fantasias que foram ficando mais sofisticadas com o tempo. O primeiro baile de carnaval em nosso país ocorreu em 1840, no Rio de Janeiro, é claro! O primeiro desfile de rua aconteceu em 1855, com um grupo formado por oitenta foliões, a maioria fazendo parte da alta sociedade carioca que romperam a tradição e foram às ruas com máscaras, fantasias, música e muitas flores. Já a primeira escola de samba que se tem notícia surgiu no bairro de Estácio, Rio de Janeiro. Chamava-se “Deixa Falar” e primeiramente não tinha concorrentes, mas isso não durou muito, pois em 1923, três escolas concorreram: Deixa Falar, Vai Como Pode e a Mangueira. A vencedora foi a Vai Como Pode, mas para ninguém se decepcionar, todos ganharam troféus. Em 1950 chega a era do trio elétrico. Tudo começou na Bahia com uma dupla que ficou na história do carnaval baiano: Dodô e Osmar, que resolveram reformar um Ford antigo e sair às ruas na caçamba, tocando músicas com som amplificado. Imaginem se não foi o maior sucesso! Daí em diante os trios elétricos só cresceram e tomaram conta principalmente do nordeste. Fantasias e Máscaras As máscaras e fantasias sempre deixam a bricadeira de carnaval ainda mais divertida. Existem as tradicionais como a Colombina, Pierrô e Arlequim que são personagens que tem origem na comédia italiana. O Pierrô é sentimental, romântico e apaixonado pela Colombina, que tem sempre característica sedutora e volúvel, não cede às declarações de amor do Pierrô e é amante do Arlequim, que representa o palhaço, sempre com ar cômico. Existem muitas que são mais populares são as de super-heróis, palhaço, caveira, etc. Carnaval no Brasil e no mundo No Brasil, há uma diversidade de ritmos no carnaval, a começar pelo sudeste, onde no Rio e São Paulo predomina o samba com os desfiles das escolas de samba até o nordeste com o frevo, axé, maracatu, afoxé, forro, entre outros. Conheça a história das escolas de samba no Brasil. Em várias partes do mundo também se festeja o carnaval, apesar de não ser tão divertido como aqui. Nos Estados Unidos, por exemplo, o desfile com fantasias simples, mas divertidas acontece somente na terça-feira, que é chamada de “terça-feira gorda”. Na Alemanha a festa mais tradicional é a da cidade de Bonn, onde ocorrem desfiles com pessoas fantasiadas e não pode faltar as máscaras, pois a brincadeira é fingir que o diabo fica solto e as pessoas têm que usar máscaras para esconder seus rostos. No Japão há um carnaval muito animado também, tem até escolas de samba, mas só que por lá a festa é só em agosto. Curiosidades O povo gosta tanto de carnaval que fazem a festa até mesmo fora da época. Essas festas são chamadas de "micareta" e começaram em Feira de Santana (BA). Ocorreu que em 1937, chuvas torrenciais adiaram o Carnaval oficial da cidade para depois da Semana Santa. O sucesso foi tão grande que logo passou a acontecer anualmente. (fonte: http://www.smartkids.com.br/especiais/carnaval.html)

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

E.M.Armando de Salles Oliveira - Há 50 anos educando para a vida!

Uma equipe unida na construção de uma escola de qualidade.
Semana de Capacitação 2012
Revisão do Projeto Político Pedagógico - Repensando a Armando de Salles
"O projeto de uma Escola não começa de uma só vez, não nasce pronto. É muitas vezes o ponto de chegada de um processo que se inicia com um pequeno grupo de professores, com algumas propostas bem simples, e que se amplia, ganhando corpo e consistência."
"Transformando através de valores construindo um cidadão consciente" (PPP)
Aos poucos o Projeto Político-Pedagógico vai se estruturando, permeando o cotidiano da escola, valorizando sua história, modificando sua cultura... Assim a escola É e ACONTECE. E, quando isso ocorre, todo o ambiente se contagia de entusiasmo, confiança e colaboração. A Armando de Salles Oliveira é assim: um espaço incentivador do pensar sobre um fazer pedagógico coerente...
... um ambiente que privilegia a simplicidade e valoriza a qualidade das ideias...
... uma escola que segue sob o princípio da igualdade buscando a qualidade de suas ações e consequentemente o sucesso da aprendizagem de nossas crianças.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Educopédia

Um dos grandes desafios para o educador é ajudar a tornar a informação significativa, a escolher as informações verdadeiramente importantes entre tantas possibilidades, a compreendê-las de forma cada vez mais abrangente e profunda e a torná-las parte do nosso referencial. Aprendemos melhor quando vivenciamos, experimentamos, sentimos. Aprendemos quando relacionamos, estabelecemos vínculos, laços entre o que estava solto, caótico, disperso, integrando-o em um novo contexto, dando-lhe significado, encontrando um novo sentido. Aprendemos quando descobrimos novas dimensões de significação que antes se nos escapavam, quando vamos ampliando o círculo de compreensão do que nos rodeia, quando como numa cebola, vamos descascando novas camadas que antes permaneciam ocultas à nossa percepção, o que nos faz perceber de uma outra forma. Aprendemos mais quando estabelecemos pontes entre a reflexão e a ação, entre a experiência e a conceituação, entre a teoria e a prática; quando ambas se alimentam mutuamente. (MORAN,J. Manuel in Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica - SP: Papirus, 2009, p. 22-24).

domingo, 5 de fevereiro de 2012

A CONSTRUÇÃO DO GRUPO - Madalena Freire

Um grupo se constrói através da constância da presença de seus elementos, na constância da rotina e de suas atividades. Um grupo se constrói na organização sistematizada de encaminhamentos, intervenções por parte do educador, para sistematização do conteúdo em estudo. Um grupo se constrói no espaço heterogêneo das diferenças entre cada participante: da timidez de um, do afobamento do outro; da serenidade de um, da explosão do outro; do pânico velado de um, da sensatez do outro; da seriedade desconfiada de um, da ousadia do risco do outro; da mudez de um, da tagarelice de outro; do riso fechado de um, gargalhada debochada do outro; dos olhos miúdos de um, dos olhos esbugalhados do outro; de lividez do rosto de um, do encarnado do rosto do outro. Um grupo se constrói enfrentando o medo que o diferente, o novo provoca, educando o risco de ousar. Um grupo se constrói não na água estagnada do abafamento das explosões, dos conflitos, no medo em causar rupturas. Um grupo se constrói, construindo o vinculo com a autoridade e entre iguais. Um grupo se constrói na cumplicidade do riso, da raiva, do choro, do medo, do ódio, da felicidade e do prazer. A vida de um grupo tem vários sabores... No processo de construção de um grupo, o educador conta com vários instrumentos que favorecem a interação entre seus elementos e a construção do círculo com ele. A comida é um deles. É comendo junto que os afetos são simbolizados, expressos, representados, socializados. Pois comer junto, também é uma forma de conhecer o outro e a si próprio. A comida é uma atividade altamente socializadora num grupo, porque permite a vivencia de um ritual de ofertas. Exercício de generosidade. Espaço onde cada um recebe e oferece ao outro seu gosto, seu cheiro, sua textura, seu sabor. Momento de cuidados, atenção. O embelezamento da travessa em que vai o pão, a „forma de coração‟ do bolo, a renda bordada no prato... Frio ou quente? Que perfume falará de minhas emoções? Doce ou salgado? Todos esses aspectos compõem o ritual do comer junto, que é um dos ingredientes facilitadores da construção do grupo. Um grupo se constrói com ação exigente, rigorosa do educador. Jamais com a cumplicidade autocomplacente, com o descompromisso do educando. Um grupo se constrói no trabalho árduo de reflexão de cada participante e do educador. No exercício disciplinado de instrumentos metodológicos, educa-se o prazer de se estar vivendo, conhecendo, sonhando, brigando, gostando, comendo, bebendo, imaginando, criando; e aprendendo juntos, num grupo. FREIRE, Madalena, CAMARGO, Fátima et all. Grupo – indivíduo, saber e parceria: malhas do conhecimento. São Paulo: Espaço Pedagógico, Série Seminários, 1998, p.23-24.

ACHADOUROS (Manoel de Barros)

Acho que o quintal onde a gente brincou é maior do que a cidade. A gente só descobre isso depois de grande. A gente descobre que o tamanho das coisas há que ser medido pela intimidade que temos com as coisas. Há de ser como acontece com o amor. Assim, as pedrinhas do nosso quintal são sempre maiores do que as outras pedras do mundo. Justo pelo motivo da intimidade. Mas o que eu queria dizer sobre o nosso quintal é outra coisa. Aquilo que a negra Pombada, remanescente de escravos do Recife, nos contava. Pombada contava aos meninos de Corumbá sobre achadouros. Que eram buracos que os holandeses, na fuga apressada do Brasil, faziam nos seus quintais para esconder suas moedas de ouro, dentro de grandes baús de couro. Os baús ficavam cheios de moedas dentro daqueles buracos. Mas eu estava a pensar em achadouros de infâncias. Se a gente cavar um buraco ao pé da goiabeira do quintal, lá estará um guri ensaiando subir na goiabeira. Se a gente cavar um buraco ao pé do galinheiro, lá estará um guri tentando agarrar no rabo de uma lagartixa. Sou hoje um caçador de achadouros de infância. Vou meio dementado e enxada às costas a cavar no meu quintal vestígios dos meninos que fomos. Hoje encontrei um baú cheio de punhetas. BARROS, Manoel. Memórias Inventadas: A infância. São Paulo: Planeta, 2003.

AFINAL, QUAL O PAPEL DO EDUCADOR NA EDUCAÇÃO INFANTIL?

O desenvolvimento físico, pessoal, cognitivo e social ocorre com maior velocidade na criança de 0 aos 6 anos de idade. Nesta faixa etária, ela adquire importantes habilidades físicas, emocionais e cognitivas que subsidiarão suas aprendizagens e lhes serão úteis para o resto de sua vida. Trabalhar com crianças de Creche, Pré-Escola e EDI significa ter uma concepção integrada de desenvolvimento e Educação Infantil que dê a mesma importância às ações de cuidado e educação e as mantenham articuladas em rotinas - horários e espaços - demarcadas pela necessidade e demandas infantis. A organização cuidadosa do espaço deve ser seguida da observação de seu efeito sobre as interações e o brincar, pela avaliação de sua eficiência em relação aos objetivos pretendidos e, se for o caso, pela realização da modificação adequada, seguida de nova observação e avaliação. Fazer, avaliar e refazer. Nesse contexto, o educador tem papel fundamental, pois é ele quem na sua relação cotidiana com as crianças e pela sua sensibilidade, identifica necessidades, desejos, fortalece relações, promove atividades significativas de aprendizagens e administra, pelo planejamento, o uso pedagógico de diferentes recursos: materiais, brinquedos, jogos, livros, aparelhos tecnológicos, espaço físico e horários, numa relação em que as vivências de aprendizagem são uma via de mão dupla. O educador cuida e educa uma criança quando: • reconhece que a criança é capaz de atuar ativamente nos seus processos de desenvolvimento e aprendizagem e na avaliação de suas conquistas; • reconhece que é pela interação com adultos, com outras crianças e com o meio que elas ampliam suas experiências e se desenvolvem globalmente; • reconhece que é principalmente pela brincadeira que a criança aprende; • prioriza ações individuais junto a elas; • ouve e considera as suas contribuições individuais; 13 • constitui-se como referência para o grupo de crianças sob sua responsabilidade; • acolhe sugestões, proposições e ideias que as crianças apresentam para que se sintam confiantes e seguras e sejam atuantes e autônomas; • respeita o que elas trazem consigo e expressam sobre suas culturas; • faz com que elas se sintam plenamente bem e à vontade; • enriquece a exploração delas com perguntas e questionamentos que chamem a atenção, ampliem o entendimento e as levem a refletir sobre o que dizem, pensam e fazem; • incentiva a sua investigação, testagem de hipóteses, registros e solução de problemas nas relações cotidianas; • promove diariamente registros nas diferentes linguagens no seu fazer pedagógico: escrita, visual (fotografias), audiovisual (filmagens), que auxiliam o (re)pensar sobre ele; • tem um olhar observador e investigativo nos diferentes contextos, ouvindo atentamente o que elas conversam entre si, conhecendo-as melhor; • considera que as aprendizagens infantis acontecem a todo o momento e não apenas quando ele planeja; • promove uma relação de confiança com as famílias; • estabelece metas realistas para cada criança, considerando sua singularidade e momento de desenvolvimento infantil; • organiza o espaço físico atento às necessidades infantis; • acredita que ela pode aprender sobre tudo, respeitando o grau de complexidade do assunto, em relação ao desenvolvimento infantil. Orientações Curriculares para Educação Infantil, p. 12-13

A criança e o ambiente

Vamos refletir sobre o papel do adulto como mediador entre a criança e o ambiente. “Acolher significa estar apto a dar e receber afeto, procurando resgatar em si e nos outros as melhores possibilidades de encontro e de relacionamento. Acolher, mais do que apenas adaptar, é um movimento afetivo de aceitação que equivale a abraço bem forte, abraço completo, quentinho. Significa a possibilidade de se colocar no lugar do outro, estabelecendo relações de cooperação, solidariedade, cumplicidade, apoio.” Os primeiros dias de atendimento às crianças devem ser momentos muito especiais para toda a instituição. É no período da acolhida que crianças, profissionais e comunidade se encontram, se conhecem e dão início ao diálogo, que é fundamental para o sucesso da relação. Receber as crianças com afeto, conversar com elas sobre a chegada ao novo ambiente, conhecer as rotinas e os espaços do cotidiano, propor atividades lúdicas e divertidas, aproveitando todos os momentos, como o banho e as refeições, são passos fundamentais para tornar essa caminhada mais feliz para todos – crianças, educadores e responsáveis. Que sentimentos e significados o vídeo suscitou em você? Fonte: www.rioeducainfancia.blogspot.com / www.youtube.com/watch?v=NRAcBxJyXyI