domingo, 5 de fevereiro de 2012

AFINAL, QUAL O PAPEL DO EDUCADOR NA EDUCAÇÃO INFANTIL?

O desenvolvimento físico, pessoal, cognitivo e social ocorre com maior velocidade na criança de 0 aos 6 anos de idade. Nesta faixa etária, ela adquire importantes habilidades físicas, emocionais e cognitivas que subsidiarão suas aprendizagens e lhes serão úteis para o resto de sua vida. Trabalhar com crianças de Creche, Pré-Escola e EDI significa ter uma concepção integrada de desenvolvimento e Educação Infantil que dê a mesma importância às ações de cuidado e educação e as mantenham articuladas em rotinas - horários e espaços - demarcadas pela necessidade e demandas infantis. A organização cuidadosa do espaço deve ser seguida da observação de seu efeito sobre as interações e o brincar, pela avaliação de sua eficiência em relação aos objetivos pretendidos e, se for o caso, pela realização da modificação adequada, seguida de nova observação e avaliação. Fazer, avaliar e refazer. Nesse contexto, o educador tem papel fundamental, pois é ele quem na sua relação cotidiana com as crianças e pela sua sensibilidade, identifica necessidades, desejos, fortalece relações, promove atividades significativas de aprendizagens e administra, pelo planejamento, o uso pedagógico de diferentes recursos: materiais, brinquedos, jogos, livros, aparelhos tecnológicos, espaço físico e horários, numa relação em que as vivências de aprendizagem são uma via de mão dupla. O educador cuida e educa uma criança quando: • reconhece que a criança é capaz de atuar ativamente nos seus processos de desenvolvimento e aprendizagem e na avaliação de suas conquistas; • reconhece que é pela interação com adultos, com outras crianças e com o meio que elas ampliam suas experiências e se desenvolvem globalmente; • reconhece que é principalmente pela brincadeira que a criança aprende; • prioriza ações individuais junto a elas; • ouve e considera as suas contribuições individuais; 13 • constitui-se como referência para o grupo de crianças sob sua responsabilidade; • acolhe sugestões, proposições e ideias que as crianças apresentam para que se sintam confiantes e seguras e sejam atuantes e autônomas; • respeita o que elas trazem consigo e expressam sobre suas culturas; • faz com que elas se sintam plenamente bem e à vontade; • enriquece a exploração delas com perguntas e questionamentos que chamem a atenção, ampliem o entendimento e as levem a refletir sobre o que dizem, pensam e fazem; • incentiva a sua investigação, testagem de hipóteses, registros e solução de problemas nas relações cotidianas; • promove diariamente registros nas diferentes linguagens no seu fazer pedagógico: escrita, visual (fotografias), audiovisual (filmagens), que auxiliam o (re)pensar sobre ele; • tem um olhar observador e investigativo nos diferentes contextos, ouvindo atentamente o que elas conversam entre si, conhecendo-as melhor; • considera que as aprendizagens infantis acontecem a todo o momento e não apenas quando ele planeja; • promove uma relação de confiança com as famílias; • estabelece metas realistas para cada criança, considerando sua singularidade e momento de desenvolvimento infantil; • organiza o espaço físico atento às necessidades infantis; • acredita que ela pode aprender sobre tudo, respeitando o grau de complexidade do assunto, em relação ao desenvolvimento infantil. Orientações Curriculares para Educação Infantil, p. 12-13

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